Friday, December 28, 2012

Escrever profissionalmente ou por hobby: o que é melhor para a sua carreira literária?


A ambição de muitos escritores diletantes é a de poder largar seu emprego atual e, um dia, viver somente com o lucro de sua escrita. Normalmente, este anseio é resultado de uma visão distorcida dos sucessos estrondosos de alguns best-sellers, ou pelo romantismo de algumas sofridas figuras clássicas da Literatura.

Durante anos, como vários autores, escrevi amadoramente em meu tempo livre, sonhando com a possibilidade de tornar-me um autor profissional.
E, desde algum tempo, tenho sido escritor em tempo integral, ganhando o pão com a vendagem de meus livros e com a minha escrita.

Vou lhes apresentar as duas faces desta moeda, duas perspectivas sobre cenários literários que se complementam.

Escritor amador X escritor profissional

Muita gente se aproxima cheia de dedos quando se trata de realizar uma distinção clara entre escritor amador e profissional. Inclusive, alguns defendem que é de definição impossível, pois existem amadores que se dedicam muito mais à carreira literária do que profissionais.

Longe de querer esgotar esta discussão, apresentarei a minha definição.

O critério único e fundamental de determinação entre escritor amador e profissional é monetário.

Um escritor profissional difere-se do amador por obter toda sua renda, ou boa parte dela, através de seu ofício.
Como ser escritor não é um título, que se possa obter numa faculdade, qualquer um que decida sentar-se para escrever meia dúzia de páginas já pode ser considerado um escritor amador, independentemente do grau de competência ou comprometimento.
Já um escritor profissional é aquele que faz da escrita a sua carreira e seu sustento, que paga suas contas com a escrita, que depende dela para sobreviver.

Não se trata de nenhuma distinção qualitativa, como se profissional fosse melhor do que amador. Inclusive, em se tratando de liberdade criativa, um escritor profissional possui restrições muito maiores do que um amador, pois depende de vários critérios exteriores, como a aprovação de editores, do público, ou de outras instâncias de legitimação.
Um escritor amador pode querer agradar somente a si próprio, sem se importar muito com a opinião dos demais e, muitas vezes, esta é uma das condições para a criação de obras-primas.

A escrita como passatempo

Entendamos a escrita como passatempo não como falta de seriedade, mas como alguém que se dedica à atividade somente em suas horas vagas, às vezes, sem pretensão alguma de abandonar sua ocupação atual para converter-se em escritor profissional.

Muitíssimos grandes autores da Literatura possuíam um emprego principal, escrevendo durante o tempo livre. Guimarães Rosa e Vinícius de Moraes eram diplomatas; Jorge Luis Borges foi funcionário público; Kafka, advogado; Cortázar e Fernando Pessoa, tradutores; existe um sem fim de grandes escritores que possuíam ocupações tradicionais, como professores, engenheiros, médicos, psicólogos, políticos, donas de casa, etc. e que, às escondidas, produziam seus contos, romances e poemas.
Alguns até chegaram a realizar a transição entre o diletantismo e o profissionalismo, mas vários prosseguiram em suas profissões, produzindo Literatura num segundo-plano.

Existem algumas vantagens em escrever como hobby:
- liberdade criativa irrestrita. Não há ninguém para lhe ditar o que você pode ou não escrever, tampouco para impor-lhe prazos ou condições;
- produzir não é uma obrigação; você pode escrever quando bem entender, se quiser, como quiser.
- não há a necessidade em pensar na Literatura como um produto;
- ter um trabalho que o ponha em contato constante com outras pessoas é uma rica fonte de inspiração para histórias.

Já as desvantagens podem ser:
- falta de disciplina; como não se trata de um trabalho, pode não haver um compromisso real com a escrita;
- pouco tempo para dedicar-se ao ofício. Ao dividir seu tempo disponível entre um trabalho oficial e a escrita, haverá menos oportunidades para produzir, promover seu trabalho e aperfeiçoar-se;
- o risco de alienar o leitor. Quando um escritor devota-se a escrever somente para si, há a possibilidade de produzir obras que ninguém, além dele mesmo, queira ler.

A escrita como profissão

Geralmente, esta é uma etapa posterior. Inicialmente, começa-se a escrever por puro prazer, porém, aos poucos, quando a atividade se torna mais séria, é dado um passo além para a profissionalização.

Antes de tudo, vale lembrar que são bem poucos os autores que realmente fazem a vida somente com a venda de livros. Não é impossível, mas é pouco provável que isto ocorra com a maioria dos escritores.
Os ditos escritores profissionais podem até receber valores consideráveis com a venda de seus livros, mas frequentemente suas obras os projetam para outros tipos de atividades remuneradas, como palestras, oficinas, traduções, jornalismo, e assim por diante.
De certo modo, mesmo com muitos autores profissionais, a escrita acaba sendo uma atividade remunarada secundária, que alavanca ganhos através de outros canais. Pois para sobreviver exclusivamente com a vendagem de livros é preciso vender muito e vender sempre, o que não é para todos os escritores.

A escrita profissional é relativamente recente e os grandes autores profissionais se concentram nos países desenvolvidos, com mercados editoriais fortes. No Brasil, quem se propõe a escrever profissionalmente acaba recaindo, em algum momento, no periodismo, e há uma lista imensa de grandes autores brasileiros que dividiram seu tempo com crônicas em jornais e revistas, ou mesmo como repórteres.
Há um duplo benefício em se aliar à imprensa, pois através dela é que o autor poderá comunicar-se com seus colegas e conseguir atrair publicidade para seus trabalhos literários.
Com uma oferta tão imensa de obras sendo publicadas todos os meses, o compadrio acaba sendo uma poderosa força no mercado editorial brasileiro. "Quem não se comunica, se trumbica", já diria o sábio Chacrinha.

Não é fácil ser um escritor profissional e, não raro, alguns se decepcionam com o cenário que encontram. Um caso notório foi o de Aluísio Azevedo, autor de "O Cortiço", que assim que conseguiu um emprego público, largou a escrita para nunca mais voltar.
Nada prepara um escritor para as agruras da profissionalização, pois produzir um livro de sucesso é uma loteria. Não há garantias que uma obra venderá, ou que a crítica a aprovará. Ser um escritor profissional é caminhar na corda bamba, sem segurança alguma, sem nenhuma certeza.

As vantagens de ser um escritor profissional são:
- todo o tempo para produzir e pesquisar;
- há um prazer especial em ganhar para fazer aquilo que gosta.

Já as desvantagens da profissionalização são consequências diretas dela:
- obrigação de escrever constantemente, mesmo quando não há disposição;
- é uma carreira incerta, repleta de altos e baixos, com momentos de grandes sucessos e outros de total indiferença;
- nem sempre se ganha tanto quanto se imaginava.

Conclusão

Para muitos autores, a profissionalização é uma grande etapa almejada e, certamente, possui algumas evidentes vantagens. Todos nós queremos trabalhar com aquilo que amamos, que nos dá alegria, que nos realiza, mesmo que nossa renda não seja tão extraordinária.
Por outro lado, há uma diferença brutal entre escrever por prazer quando se tem vontade e a obrigação cotidiana de acordar sabendo que você terá de escrever qualquer coisa, mesmo que não acredite mais no que está fazendo.

Há escritores que produzem mais e com maior qualidade quando são amadores, mas que se desesperam no momento em que se profissionalizam. Enquanto há aqueles que, ao poderem se dedicar completamente ao ofício, florescem e atingem seu máximo potencial.

Certamente, não existe uma fórmula aplicável a todas as pessoas, o que é a realização para uns é a ruína de outros. O essencial é jamais perder o deslumbramento pelo ofício da escrita e, a partir do momento em que escrever começar a tornar-se um martírio, rever as escolhas feitas.

Tuesday, December 11, 2012

Ebooks: só mais uma modinha passageira?


A gigante amazon.com finalmente invadiu o Brasil e já chegou assustando. Aparentemente, os livreiros estão aterrorizados e tentando se organizar para forçarem regulamentações contra os ebooks, ainda mais agressivas do que aquelas em vigor na França.

Publico e vendo ebooks desde 2007 e, já naquela época, debatia calorosamente com outros autores sobre o futuro desta tecnologia. Ainda hoje, penso que muita gente está tentando tapar o sol com a peneira e, vez ou outra, leio a frase: "o livro impresso nunca vai morrer. Ler na tela de um computador não é a mesma coisa de ler um livro impresso, sentir o cheiro do papel, virar as páginas".

Será que os livros digitais são apenas uma modinha, que não chegaram para ficar?

Antes de tudo, não leio por causa do cheiro do livro, inclusive, se for um livro muito antigo, tenho até alergia, apesar de adorar uma biblioteca e um sebo.
Leio por causa das ideias contidas em um livro, não pela materialidade do livro. Realmente, não me importa muito se o livro vem num formato de bolso, com capa dura, ou na tela de um computador.
O relevante numa obra é justamente aquilo que é intangível, que não está circunscrito nas páginas, ou em qualquer outro suporte físico.

Quem lê somente por causa do livro impresso, não tem amor pela leitura, mas um fetiche pelo objeto livro.

O segundo aspecto que devemos considerar é sempre o do conflito de gerações. Só tem problemas com o livro digital aqueles que cresceram lendo livros impressos. Para uma geração que crescerá lendo livros digitais, a questão "ebooks substituirão o livro impresso?" nem se propõe.
Do mesmo modo que nenhum adolescente hoje se questionaria se as câmeras digitais substituirão, um dia, câmeras de filme. Aliás, muitos deles nunca viram câmeras analógicas na vida, assim como jovens do futuro talvez nem tenham contato com livros impressos.

O dilema é nosso, que estamos vivendo esta transformação tecnológica, e morrerá conosco.

Para entendermos o advento do livro digital, e principalmente a sua chegada ao Brasil, temos de olhar para trás, considerando outras tecnologias recentes.
As primeiras transmissões de televisão começaram no final da década de 20 nos EUA e Inglaterra. Em 1939, estimava-se que já haviam 2 mil aparelhos de TV em lares americanos, enquanto em 1947 já haviam 44 mil aparelhos.
A primeira transmissão no Brasil só ocorreria em 1950, com 200 aparelhos espalhados pela cidade de São Paulo. Hoje, praticamente todos os lares brasileiros possuem pelo menos um televisor.

Apesar de sua rápida propagação, ainda assim surgiram vários críticos deste novo meio de comunicação. Um dos pioneiros da rádio afirmou, em 1926: "Enquanto que, teórica e tecnicamente, a televisão seja possível, comercial e financeiramente eu a considero uma impossibilidade... devemos desperdiçar pouco tempo sonhando com tal desenvolvimento."
Numa das edições de The New York Times de 1939, uma das críticas era que "o problema da televisão é que as pessoas devem se sentar e manter seus olhos grudados numa tela; uma família americana normal não tem tempo para isto."
Entre incontáveis outros ataques, muitos inspirados pela Escola de Frankfurt, defendiam que a cultura de massas, entre elas a TV, era um dos braços de dominação do capitalismo para emburrecimento das pessoas.

Esta história se repetiu com o computador portátil, com o surgimento dos CDs e também com a internet. A própria invenção da imprensa por Gutenberg, no século XV, foi alvo de ataques, considerada por parte do clero como obra do demônio.

O livro digital está sofrendo, de alguma maneira, os mesmos ataques contra o livro impresso há quase 600 anos, uma demonização sistemática e retrógrada. Pois a era digital não veio para por um fim ao livro, à Literatura, ao escritor, ou ao conhecimento, mas projetá-los a um nível diferente de publicidade, distribuição e volume.
Nunca foi tão fácil publicar e distribuir um livro, e talvez nunca tenha sido tão fácil fazer com que um livro chegue aos leitores.

O problema dos ebooks, por ainda se tratarem de uma nova tecnologia, é que ainda não há uma uniformidade, estamos falando línguas diferentes.
Acreditava-se, até alguns anos atrás, que o .PDF seria o formato universal. Todavia, a falta de proteção de um arquivo deste tipo instigou a criação de novos formatos, capazes de resguardar o copyright. Assim, o ePUB ganhou terreno com várias editoras e livrarias virtuais. Além deste, há o formato .MOBI, proprietário da amazon.com, em seus projetos monopolistas de manter-se como a principal livraria online, bem como, aos poucos, de maior editora virtual.
Neste momento, não é possível prever o futuro dos ebooks, qual formato prevalecerá e como toda a tecnologia se desenvolverá nos próximos anos. Há uma grande probabilidade de vermos o nascimento de uma nova linguagem literária, que una elementos de mídias distintas, permitindo uma maior interatividade, até cooperação autoral, do leitor.
Em 2012, pela primeira vez o número de ebooks vendidos ultrapassou a de livros impressos nos EUA, e esta margem aumentará daqui em diante.

O fato é que a literatura da era digital está transformando a economia do livro e não poderá ser detida.

Isto implicará na extinção do livro impresso?
Possivelmente ainda não por algumas décadas, mas a escala de publicação de material impresso se reduzirá progressivamente até tornar-se insignificante no mercado editorial, convertendo-se enfim em itens de colecionadores de saudosistas.

Wednesday, December 05, 2012

A Literatura está morrendo?



Um dos maiores prazeres dos teóricos é decretar a morte de alguma forma de expressão artística ou de alguma linha de pensamento.

Nietzsche foi um dos primeiros a decretar a morte da Filosofia e, depois dele, já sepultaram esta disciplina uma dezena de vezes. Foi após anunciarem a morte do romance que o nouveau roman, na França, e o realismo mágico latino-americano insuflaram uma sobrevida neste gênero literário, com algumas das obras mais brilhantes do século XX. Recentemente, li sobre a morte do cinema em The New York Times e, vez ou outra, escuto de alguns autores desesperados a prédica que a literatura também está, uma vez mais, agonizando.

Estamos, de fato, diante do fim da Literatura?

As transformações no mercado literário

Não podemos correr o risco de confundir o fim de um modelo de negócios com a extinção de uma forma artística.

Assistimos em tempo real a ruína do mercado literário, ou, pelo menos, suas profundas transformações. Nunca se escreveu, publicou-se e se comprou livros como em nossos tempos.

Definitivamente, a Literatura, entendendo isto de maneira abrangente como a atividade de escrita e publicação, não está nem perto de morrer. Contudo, o mercado editorial tradicional, com toda sua hierarquia de editores até imprensas, está seriamente comprometido. O mercado editorial está passando pela mesma crise que sofreu o mercado fonográfico alguns anos atrás e, assim como ocorreu antes, ninguém tem certeza que direção tomará esta revolução.

Atualmente, qualquer pessoa pode reunir seus textos num livro digital e publicá-lo online, para download gratuito ou para venda, através de inúmeros canais de distribuição. A quantidade de obras disponíveis é avassaladora e assustadora. Já existem casos de grandes sucessos dentre estes autores autopublicados, que, enfim, conseguiram cortar os intermediários, isto é, editoras e livreiros, aumentando seus lucros ou mantendo total controle criativo sobre seus trabalhos.

Alguns predizem que esta cacofonia literária implicará na impossibilidade de encontrarmos obras de valor em meio a tanto lixo, enquanto outros acreditam que esta enxurrada produtiva poderá conduzir-nos a um novo apogeu literário. Ainda não sabemos ao certo, pois estamos no meio deste furacão. Só teremos alguma clareza quando o pior houver passado.

O suposto fim do mercado editorial não significa, de maneira alguma, o fim da escrita ou da Literatura.

Formas decadentes

Por outro lado, devemos reconhecer que todas as formas artísticas possuem um ciclo de vida, de nascimento, disseminação, apogeu e declínio. Ao longo dos séculos, assistiu-se ao florescimento de várias formas artísticas que obtiveram grande adesão entre os artistas até que, finalmente, sucumbiram ao esquecimento ou se tornaram elitistas: a poesia épica, a música erudita, o balé e até mesmo o próprio teatro, para citarmos alguns exemplos.

Várias expressões artísticas outrora populares hoje são divertimentos mais sofisticados, para públicos restritos, como o jazz, a música de câmara, a poesia, pintura a óleo academicista; estão circunscritas a grupos especializados, mas que ainda são apreciadas e perpetuadas: ainda existem compositores de música erudita, ainda existem bailarinas.

Possivelmente, o cinema esteja mergulhando neste universo mais elitista, pois, com o advento da internet, quando há a possibilidade de baixar ou assistir qualquer filme online, o ato coletivo de dirigir-se a uma sala de cinema pode tornar-se mais raro. Ainda não estamos vendo este fenômeno no mundo da Literatura, mas nada nos garante que não ocorrerá num futuro (próximo).

Todavia, a decadência não implica necessariamente numa queda qualitativa. O soneto já era uma forma decadente quando Shakespeare produziu algumas das mais belas obras desta forma. O teatro já não tinha um apelo popular tão forte quando Beckett revolucionou a linguagem dramatúrgica. Portanto, uma eventual decadência da Literatura, ou seja, a perda de sua popularidade, poderia representar uma revolução interna, com o nascimento de obras inovadoras e extraordinárias.

Ficção literária X Mainstream

Outro problema que enfrentamos quando tentamos determinar a morte da Literatura é a famosa distinção entre “verdadeira literatura” (ou ficção literária, para os americanos) e a “literatura comercial” (mainstream).

O fato é que a vida nunca foi muito fácil para a ficção literária, com um número de leitores muito menor, apesar de ser recebida com uma complacência maior pela posteridade. Geralmente, os clássicos da Literatura pertencem à categoria da “verdadeira literatura”, apesar de haver casos de obras que eram comerciais em suas épocas e que sobreviveram ao teste do tempo.

Já a literatura mainstream é feita para o consumo instantâneo. É um produto de entretenimento, sem sérias pretensões literárias. São obras de fácil leitura, com escrita ágil e, não raro, mecânica, sem grande sofisticação estilística e com personagens unidimensionais. Usualmente, seus autores possuem consciência que não estão produzindo ficção literária e nem têm esta pretensão; desejam somente contar uma boa história e, se possível, lucrar bastante com isto.

Nem sempre é muito simples fazer esta distinção entre ficção literária e a mainstream, pois não podemos nos basear somente em dados quantitativos de vendas. Um livro pode ter características de uma obra mainstream mesmo que não venda um único exemplar, enquanto um livro continuará sendo ficção literária apesar de ter se tornado um best-seller (como costuma ocorrer com vários ganhadores do Nobel de Literatura). Esta diferenciação depende muito da intenção do autor e da materialidade da obra concluída. “A Trilogia de Nova York”, de Paul Auster, mune-se de detetives e de algumas características dos romances de mistério noir, porém, de maneira alguma se assemelha à narrativa ou à dinâmica de uma obra mainstream, é obviamente um romance literário. Já “Zahir”, de Paulo Coelho, por mais que se inspire num conto do argentino Jorge Luis Borges, por próprias propriedades narrativas, é uma obra mainstream, como todas as demais deste mesmo autor.

O que percebemos em nossos dias é que a literatura mainstream continua com grande força, enquanto a ficção literária permanece enfrentando as mesmas dificuldades de sempre.

O mercado editorial está passando por profundas e imprevisíveis transformações, mas a Literatura não está morrendo. Pelo menos, não por enquanto...

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