Por Henry Alfred Bugalho
Todo mundo sabe quais são os segredos para o sucesso, mas qual é o segredo do fracasso?
Qual é o erro que, se um autor cometer, condena completamente sua obra?
Qual é o equívoco que, se evitarmos, não estaremos atingindo o sucesso, mas, ao menos, estaremos evitando a desgraça literária?
Maiores erros literários
1 - Não saber escrever
É inacreditável o número de "escritores" que não sabem escrever. Não se trata de memorizar gramática, pois todo o mundo, de vez em quando, tem alguma dúvida gramatical, mas, pelo menos, ortografia é fundamental. Escritores que não se dispõem a aprender seu próprio idioma são como atletas que não querem fazer esforço físico.
2 - Não gostar de ler
Outro absurdo. "Eu gosto de escrever, mas não de ler" é um contra-senso completo. Como alguém quer vender um produto que não compraria?
3 - Superestimar os leitores
Os leitores não estão interessados em artifícios lingüísticos. Não querem sofrer, não querem pensar. Para a maioria deles, Literatura é um divertimento um pouco mais complexo do que a novela das 8, mas bem menos complexo do que uma ópera de Wagner. Eles não darão valor a sua pesquisa, nem ao tempo e esforço que você dedicou. Eles não farão o esforço para compreender por que você trocou a ordem dos capítulos ou a inserção de uma intertextualidade sofisticada. Os leitores querem diversão, e só.
4 - Subestimar demais os leitores
O leitor já sabe o que quer comprar antes de chegar na livraria. Ele não vai à livraria para passear (para muitos, inclusive, uma incursão pela livraria é um pesadelo!), ele quer um produto específico e ponto final. Se, porventura, ele resolver ler a quarta-capa dos livros para ver se encontra algo que o interesse, ele, certamente, preferirá levar um livro desconhecido de um autor conhecido, do que um livro desconhecido de um autor desconhecido. Por isto, comprem um porquinho de plástico e comecem a economizar os trocados para pagar um assessor de imprensa, isto quando (ou se) seu livro for publicado. É caro, mas talvez compense, um dia.
5 - Escrever trilogias, tetralogias ou decalogias
Todo escritor quer ser Tolkien, por isto, nunca pensa em escrever um livro com começo, meio e fim. O livro tem de ter um começo imenso, talvez 400 páginas ou mais, um meio ainda maior, e um final que dê a impressão que o leitor passou a vida inteira lendo aquele livro. O único best-seller mundial que possui mais de um livro é a Bíblia, o restante, às vezes estão por cima, mas, na maioria do tempo, estão por baixo. Além disto, trilogias são uma faca de dois gumes, se dão certo, tudo bem (mas a continuação sempre pode foder tudo!), mas se der errado, o livro ficará para todo o sempre inacabado. Se o escritor deseja, de fato, escrever seqüências, é bom esperar para quando for famoso como o Stephen King, que, com tijolos, em 12 volumes e 13 tomos cada, ainda consegue vender muito.
6 - Autobiografias
Ninguém quer saber da sua vida insignificante, mas todo autor insiste, em alguma momento de sua carreira, em falar sobre si mesmo (eu já fiz isto, acreditem). Toda obra é, em certa instância, autobiográfica, mas uma autobiografia declarada é, para um anônimo, tempo desperdiçado.
7 - Literatura é hobby
Isto é desculpa para quem não tem talento e não consegue ter comprometimento com nada. Algo só vira hobby quando a pessoa percebe que não tem potencial ou dedicação para se tornar profissional. Escrever não é hobby, a não ser que você o torne tal.
8 - Desistir diante de obstáculos
O que mais há são obstáculos. A vida é feita deles. Por que na escrita seria diferente?
9 - A culpa é dos outros
É sempre fácil colocar a culpa nos outros. Os leitores é que não entenderam, os críticos é que são escritores frustrados, o editor é que é um imbecil, etc, porém, o problema pode ser com você. Autocrítica é fundamental para o escritor.
10 - Comodismo
Comodismo é a estratégia de quem tem medo de se arriscar. Um acomodado pode até conseguir espaço no mundo da literatura - que está cheio deles -, mas um artista é aquele que quebra tudo antes de começar a construir. Mas isto é uma questão de escolha, uns se acomodam, outros criam.
Qual é o erro que, se um autor cometer, condena completamente sua obra?
Qual é o equívoco que, se evitarmos, não estaremos atingindo o sucesso, mas, ao menos, estaremos evitando a desgraça literária?
Maiores erros literários
1 - Não saber escrever
É inacreditável o número de "escritores" que não sabem escrever. Não se trata de memorizar gramática, pois todo o mundo, de vez em quando, tem alguma dúvida gramatical, mas, pelo menos, ortografia é fundamental. Escritores que não se dispõem a aprender seu próprio idioma são como atletas que não querem fazer esforço físico.
2 - Não gostar de ler
Outro absurdo. "Eu gosto de escrever, mas não de ler" é um contra-senso completo. Como alguém quer vender um produto que não compraria?
3 - Superestimar os leitores
Os leitores não estão interessados em artifícios lingüísticos. Não querem sofrer, não querem pensar. Para a maioria deles, Literatura é um divertimento um pouco mais complexo do que a novela das 8, mas bem menos complexo do que uma ópera de Wagner. Eles não darão valor a sua pesquisa, nem ao tempo e esforço que você dedicou. Eles não farão o esforço para compreender por que você trocou a ordem dos capítulos ou a inserção de uma intertextualidade sofisticada. Os leitores querem diversão, e só.
4 - Subestimar demais os leitores
O leitor já sabe o que quer comprar antes de chegar na livraria. Ele não vai à livraria para passear (para muitos, inclusive, uma incursão pela livraria é um pesadelo!), ele quer um produto específico e ponto final. Se, porventura, ele resolver ler a quarta-capa dos livros para ver se encontra algo que o interesse, ele, certamente, preferirá levar um livro desconhecido de um autor conhecido, do que um livro desconhecido de um autor desconhecido. Por isto, comprem um porquinho de plástico e comecem a economizar os trocados para pagar um assessor de imprensa, isto quando (ou se) seu livro for publicado. É caro, mas talvez compense, um dia.
5 - Escrever trilogias, tetralogias ou decalogias
Todo escritor quer ser Tolkien, por isto, nunca pensa em escrever um livro com começo, meio e fim. O livro tem de ter um começo imenso, talvez 400 páginas ou mais, um meio ainda maior, e um final que dê a impressão que o leitor passou a vida inteira lendo aquele livro. O único best-seller mundial que possui mais de um livro é a Bíblia, o restante, às vezes estão por cima, mas, na maioria do tempo, estão por baixo. Além disto, trilogias são uma faca de dois gumes, se dão certo, tudo bem (mas a continuação sempre pode foder tudo!), mas se der errado, o livro ficará para todo o sempre inacabado. Se o escritor deseja, de fato, escrever seqüências, é bom esperar para quando for famoso como o Stephen King, que, com tijolos, em 12 volumes e 13 tomos cada, ainda consegue vender muito.
6 - Autobiografias
Ninguém quer saber da sua vida insignificante, mas todo autor insiste, em alguma momento de sua carreira, em falar sobre si mesmo (eu já fiz isto, acreditem). Toda obra é, em certa instância, autobiográfica, mas uma autobiografia declarada é, para um anônimo, tempo desperdiçado.
7 - Literatura é hobby
Isto é desculpa para quem não tem talento e não consegue ter comprometimento com nada. Algo só vira hobby quando a pessoa percebe que não tem potencial ou dedicação para se tornar profissional. Escrever não é hobby, a não ser que você o torne tal.
8 - Desistir diante de obstáculos
O que mais há são obstáculos. A vida é feita deles. Por que na escrita seria diferente?
9 - A culpa é dos outros
É sempre fácil colocar a culpa nos outros. Os leitores é que não entenderam, os críticos é que são escritores frustrados, o editor é que é um imbecil, etc, porém, o problema pode ser com você. Autocrítica é fundamental para o escritor.
10 - Comodismo
Comodismo é a estratégia de quem tem medo de se arriscar. Um acomodado pode até conseguir espaço no mundo da literatura - que está cheio deles -, mas um artista é aquele que quebra tudo antes de começar a construir. Mas isto é uma questão de escolha, uns se acomodam, outros criam.
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